O pássaro grita, pedindo aos tormentos o deixem em paz.
Implora aos algozes que sigam seu caminho
libertando-a de tão duro castigo.
Escravizado na caixa oca,
um baú de emoções, já dolorido de tanto se debater
e tentar sair de um lugar escuro e solitário.
As emoções vão crescendo,
cada dia mais sutilmente pressionado
pela invasão de emoções alheias
que teimam em tirar seu espaço.
O pássaro grita, mas é inútil.
Os algozes não desistem, ele tenta manter as portas
abertas com suas asas já fragilizadas, para que a luz esteja presente.
Luta solitário para que suas emoções não se tornem invisíveis... mas é em vão.
Seu grito não tem som, nem eco no baú opressor.
Ele tenta sair buscando nas frestas da velha caixa maciça
a luz de uma esperança!
Por Sônia Regina
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