Deixei pronto o café, como te prometi .
Ao lado uma caixa de chá para que escolhesses qual preferia tomar.
Fui ao jardim te esperar
quando vi desabrochar rosinhas que o vento um dia fez semear.
As colhi com carinho para enfeitar a mesa já posta a te esperar.
O sol nem estava ainda a brilhar e o vento forte veio me arrancar das mãos
as rosinhas que ele mesmo semeou.
Tentei recolher sem machucar as rosinhas que eu acabara de pegar.
Caíram a minha frente entre as pedras do alpendre.
Ao colocá-las no vaso em vão as tentei levantar, notei o caule dobrado sem jeito de recuperar.
Água em um pote de vidro com cuidado cortei os talos bem rente ao pedicelo
enquanto uma a uma na água eu as punha boiar.
Já sabendo que não vinhas, (o vento tentou me avisar)
lágrimas brotaram-me do olhar,
sacrifiquei as rosas por alguém quem nunca as verá.
As lágrimas misturaram-se a água que estava no pote azul
embalando as rosinhas que o viço vi voltar.
Em homenagem a elas servi o café só pra mim
feliz por ver vivas as rosinhas que um dia colhi para ti.
Sua sensibilidade no olhar é de emocionar! (também tentei rimar!)
ResponderExcluirLindo texto, querida!
Nunca deixe de escrever!