sábado, 16 de julho de 2016

Por amor

Por volta do ano de 1800, 
Nina estava sozinha, sentada naquela pequena choupana, feita de bambu e coberta de palha! 
Ali havia somente uma cama improvisada com colchão feito também de palha, um pequeno forno, uma mesa e duas cadeiras, utensílios domésticos diários improvisados.
O refúgio simples, ficava na beira da estrada de terra que beirava o rio, havia muita vegetação ao redor, e pouca gente passava por ali. Raríssimo, era ver uma carruagem ou alguém a cavalo. 
Nina tivera uma educação requintada, sua família era de nobres, seu pai fazendeiro e militar! 
Suas roupas e seus modos destoavam totalmente do local onde estava agora.
Havia deixado seu cavalo escondido atrás da choupana preso a um pedaço de madeira preparado para isso, ouviu um trotar de cavalo, e saiu alegre para encontrar seu amor. 
Sim, ela era apaixonada... por um escravo, continuou a encontrá-lo após ser alforriado. 
Neste que era um refúgio para o amor de ambos, ele tinha como morada!
Ao deparar-se com o homem sobre o cavalo,  seu sorriso esvaiu-se,
"_ Pegue já sua montaria, venha comigo agora." Disse o pai.
"_ Papai eu não vou, não me casarei sem amor, não me obrigue a casar com aquele homem asqueroso!" Falava ela chorosamente com desespero.
"_ Você não tem o que querer Nina! Prefere ficar se encontrando às escondidas 
com aquele forro? Que vida terá? O que espera que ele lhe ofereça?" Dizia o pai com o rosto alterado, enquanto tentava controlar seu cavalo que rodava e torno de si mesmo. 
"_ Vamos Nina... não me faça perder a paciência!"
"_ Não vou!" gritou ela.
" _ Dou-lhe uma hora para encontrá-la em casa...  não deixe de ir..." disse o pai com riso sarcástico.
"Aquele que tu  esperas... está sob minha guarda, e vai morrer.... se em uma hora tu não voltares para tua casa!"  E saiu a galope para a casa grande!
"Nina, sem saber o que fazer, ajoelhou-se no chão de terra ainda molhada pela chuva da noite anterior.  Seu vestido rosa pálido, já estava arruinado pela lama, 
Ela soltou um grito e chorando enfiou os dedos delicados na terra. Em sua revolta e rebeldia passava a lama no rosto e  na roupa, como se assim pudesse extravasar sua dor, 
Iria se casar sem amar,  para que o homem que ela realmente amava pudesse continuar a viver!....












3 comentários:

  1. .... mas não terminou aí, terminou...?????????
    Quero mais...!!!!!

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    1. Oi Poeta, penso em continuar sim, com seu incentivo então... vou continuar! Muito obrigada pelo carinhoso estímulo amigo Menna!

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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