sexta-feira, 3 de junho de 2016

A Pena

Era tarde de novembro,
o sol se punha,depois de um dia quente de verão.
Do alto das pedras, no mirante,   avistei uma silhueta
lá embaixo...na areia, rente ao mar!
Desci rapidamente do mirante,
segurando-me pelas pedras do penhasco.
Cheguei ao solo,caminhando rapidamente
 fui ao encontro da silhueta
que se afastava, sentido contrário ao mar,
acelerei minha corrida.  
Não pude definir o que era, parecia levitar rapidamente...
 até desaparecer  por trás  do  coqueiro.
Cheguei ofegante no ponto em que o (a) perdi de  vista                                                                     

 rodei em torno de mim mesma procurando ...
então...olhei a jardineira que ladeava  o coqueiro,
vi uma pena, nunca havia visto igual,
 peguei-a e trouxe para perto dos olhos ,
observando com  curiosidade...
Então... vi a minha frente a silhueta, 
agora nitidamente... linda e iluminada,
cabelos brilhantes como estrelas, 
asas enormes saiam de suas costas,                                                          
suas vestes mais pareciam lenços finos
enrolados levemente em torno do corpo. 
Ao cruzar meu olhar sorriu, uma paz imensa me invadiu,           
estendeu para mim uma das mãos,
insegura... mas petulante como sou, estendi minha mão,                                      
aproximei-me fascinada, jamais havia visto tamanha beleza ,
aquele sorriso.... abriu minha mão, 
escreveu algo nela com o dedo indicador,  
fechando em seguida com suas delicadas mãos a minha.                                                                         
Foi sumindo...devagar... e desapareceu...                                                                                                                                                                                                                                                                      
Só então abri minha mão, e nela estava escrito :
      “Não importa aonde vá ou o que faça,     
               onde estiver, eu estarei contigo   
             em suas mãos estarei segurando, 
    tirei-te do penhasco pela pedra que você vai ver rolar, 
     não foi você que me encontrou... eu que te chamei,  
            não tenho sexo,  nome, idade ou cor
               só tenho mesmo por ti ... muito amor. 
     Apenas pense em mim....e virei em seu favor!   
                     Mensageiro de Deus ”
E então um enorme estrondo me fez olhar o mirante sob o penhasco   
e ver a pedra soltando e levando com ela o mirante...
 ficou uma coisa de toda esta estória além da pena ...
A certeza da proteção que todos nós temos, 
acreditando ou não... ela está sempre ai!

 

Por Sônia Regina





Este desenho foi feito por uma amiga de trabalho à muitos anos,ela "me" desenhou como um anjo por eu gostar e falar tanto de anjos





          

                                                                     

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